Diversificando a avaliação da aprendizagem: dos fundamentos à prática
Edição:
8ª
Data de início/fim:
Sexta, 10 Fevereiro, 2023 - 10:00 - 12:30
Duração (horas):
2.5
Nome do(s) Formador(es):
Manuel João Costa
Instituição do(s) Formador(es):
Universidade do Minho
Biografia:
Manuel João Costa é Pró-Reitor para os Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica na Universidade do Minho desde 2018. É licenciado em Bioquímica pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e doutorado em Ciências Biomédicas pela mesma Universidade. Iniciou a sua carreira docente na Universidade dos Açores em 1996. Em Janeiro de 2004, ingressou na Universidade do Minho, na Escola de Medicina onde é Professor Associado desde Maio de 2011. É coordenador institucional da Universidade do Minho para a participação na aliança europeia de universidades Arqus. Foi membro do Conselho Geral da Universidade do Minho entre Outubro e 2017 e Setembro de 2018.
A sua atividade académica tem incidido sobre a inovação nas práticas pedagógicas no ensino superior e sobre a investigação da educação na área da saúde, em particular na educação médica. Na Universidade do Minho, participou na fundação e coordena o Centro de Inovação para o Desenvolvimento do ensino e Aprendizagem (IDEA-UMINHO).
A nível internacional, integra o Learning and Teaching Steering Committee da Associação Europeia de Universidades (EUA), a comissão de educação da Federação das Sociedades Bioquímicas Europeias (FEBS) e a comissão de desenvolvimento docente da Associação para Educação Médica na Europa (AMEE).
Organiza desde 2003 diversos cursos e eventos de inovação e desenvolvimento de práticas pedagógicas para docentes do Ensino Superior. É autor de mais de 80 publicações internacionais indexadas, nas seguintes áreas: desenvolvimento de empatia nos estudantes de saúde, avaliação das aprendizagens, o envolvimento dos estudantes no ensino superior e metodologias de aprendizagem interativas e inovadoras no ensino de ciências biomoleculares.
Vagas:
300
Descrição:
Atualmente, a avaliação da aprendizagem dos estudantes na generalidade das unidades curriculares de cursos do ensino superior foca-se frequentemente no componente sumativo e recorre a métodos tradicionais - por exemplo, testes sumativos e exames escritos. Os métodos de avaliação sumativos que privilegiam os desempenhos num número reduzido de provas, são caraterizados pela sua objetividade e aceitabilidade geral nas academias. Porém, são conhecidas as suas limitações, por exemplo no que respeita a contribuir para o desenvolvimento do processo de aprendizagem dos estudantes, por gerarem circunstâncias que privilegiam certos e determinados perfis de estudantes e por uma vulnerabilidade à fraude académica, que tecnologias como a inteligência artificial tornam cada vez mais evidentes. Além disso, a falta de flexibilidade na conceção destes modelos de avaliação dificulta a realização de ajustes para atender a circunstâncias imprevistas, como foi exemplo recente o advento da pandemia COVID-19.
Partindo de modelos que capturam práticas de avaliação disseminadas no ensino superior, esta formação retomará os fundamentos de desenvolvimento da avaliação, para propor abordagens com maior foco formativo, mais equitativas e mais diversas nos instrumentos a aplicar. Manter-se-á presente a importância de manter em níveis adequados o volume de trabalho dos docentes e dos estudantes, através de elementos e modelos alternativos passíveis de implementação na generalidade das unidades curriculares dos cursos do ensino superior.