Alternativas à apresentação do trabalho dos estudantes: do pitching ao videofolio

Edição: 
Data de início/fim: 
Terça, 10 Outubro, 2023 - 16:30 - 19:30
Duração (horas): 
3
Nome do(s) Formador(es): 
Alcina Dourado
Instituição do(s) Formador(es): 
Instituto Politécnico de Setúbal
Biografia: 
Docente na Escola Superior de Educação de Setúbal do Instituto Politécnico de Setúbal - Departamento de Ciências da Comunicação e da Linguagem – tendo-se dedicado principalmente à comunicação empresarial e estratégica, consumerismo, educação do consumidor, sustentabilidade e cidadania. É licenciada em Comunicação Social (UBI), mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação (ISCTE) e doutorada em Ciências da Comunicação (FCSH-UNL). Participa na Parceria para Educação e Pesquisa sobre Vida Responsável (PERL/UNITWIN). Casada, tem dois filhos, um número desconhecido de peixes e dois gatos muito determinados. Mora em Lisboa e luta para encontrar momentos de lazer para se dedicar à leitura, música, cinema, desporto e turismo. Adora colecionar documentários e praticar voluntariado numa ONG local. Aprendiz de longa data de permacultura, desperdício (tendencialmente) zero, mindfulness e yoga.
Vagas: 
52
Descrição: 
Introdução: A apresentação de elementos de avaliação decorrentes do processo de ensino-aprendizagem, sejam de caráter sumativo ou formativo, geralmente segue o modelo tradicional. Isto é, o estudante, frequentemente em grupo ou em modo individual, realiza partilhas orais através do PowerPoint (ou equivalente) em sessões letivas presenciais perante os seus colegas e o(s) docente(s). Ao fazê-lo, todos os participantes correm o risco de infindáveis maratonas de sessões de apresentações de trabalhos em que estudantes nervosos leem os slides. Deste modo, a apresentação é o culminar de um processo, o modelo de apresentação é único e as avaliações concentram-se nas últimas semanas do semestre. Como distribuir a avaliação em vários momentos do calendário letivo, permitindo um maior acompanhamento da evolução do estudante em que é este quem determina a forma de apresentação? Objetivos: Pretende-se com esta formação evidenciar alternativas aos habituais modos de apresentação de trabalhos numa ótica de metodologias ativas, explorando várias possibilidades como o pitching e o videofolio. Desta forma vai-se ao encontro dos diferentes estilos de aprendizagem e inteligências múltiplas (Gardner, 1994; 2006) e tipos genéricos de personalidade (Jung, 1981; Myers e Myers, 1995), facilitando a aprendizagem significante de acordo com Rogers (1999) e experiencial (Kolb, 1984). Acresce a importância de se caminhar, paulatinamente, para a criação de comunidades de aprendizagem (Pacheco, 2014; Flecha, 1998) numa perspetiva dialógica da aprendizagem e de transformação (Freire, 2011) em que seja o próprio estudante a criar o sentido da sua própria aprendizagem. Pretende-se também que essas possibilidades sejam consideradas em função das realidades de cada docente e dos programas das respetivas unidades curriculares (uc), das vantagens e desvantagens de cada alternativa, e das skills que se pretende desenvolver nos estudantes, nomeadamente competências associadas à disseminação do trabalho realizado (comunicação verbal, especialmente comunicar recorrendo a diferentes suportes e tecnologias dirigindo-se a diferentes públicos). Finalmente, espera-se que no final da formação os formandos tenham acesso a algumas técnicas e ferramentas úteis para a implementação de qualquer uma das abordagens. Conteúdo programático: 1. Desafios no processo de ensino-aprendizagem: estilos de aprendizagem e inteligências múltiplas, tipos genéricos de personalidade, a aprendizagem significante e experiencial, construção de comunidades de aprendizagem, aprendizagem dialógica, aprendizagem transformadora, construção de sentidos. 2. Alternativas possíveis: do pitching ao videofolio (com breve alusão aos pósteres académicos, aos podcasts e ao formato e-portefólio): características, constrangimentos, competências. 3. Como implementar: técnicas e ferramentas úteis. Métodos pedagógicos: Metodologia ativa, expositiva, experiencial. Bibliografia: Bessa, V. da H. (2006). Teorias da Aprendizagem. IESDE Brasil S.A. Cerdeira, J. P. (2018). Confiança, confiabilidade e ética: podem as empresas aprender alguma coisa com Aristóteles? Organicom, 15(29), 89–100. https://doi.org/10.11606/issn.2238-2593.organicom.2018.149124 Flecha, R. (1998). Compartiendo palabras. El aprendizaje de las personas adultas a través del diálogo. Paidós. Freire, P. (2011). Pedagogia da autonomia. Paz e Terra. Kolb, D. A. (1984). Experiential learning: Experience as the source of learning and development. Prentice-Hall. Kuri, N. P. (2004). Tipos de personalidade e estilos de aprendizagem: proposições para o ensino de engenharia [Universidade Federal de São Carlos]. https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/3332/TeseNPK.pdf?sequence=1&isAllowed=y Moreira, M. A. (1999). Teorias da aprendizagem. EPU. Pacheco, J. (2014). Aprender em comunidade. Edições SM. Tavares, C., Moreira, A., Silva, M., & Albuquerque, A. (2009). O uso de e-portefólios como forma de acesso aos estilos de aprendizagem e às inteligências múltiplas. VI Conferência Internacional de TIC na Educação, 1821–1833. https://www.nonio.uminho.pt/wp-content/uploads/2020/09/actas_challenges_2009.pdf